domingo, 20 de junho de 2010

Pedro Valente: Product Owner na prática



Foi muito pertinente a inciativa da organização do Maré de Agilidade de colocar um Product Owner (PO) para apresentar o Scrum sob este ponto de vista. E a escolha, definitivamente, foi acertada. Com experiência em uma gigante da Internet, o Yahoo, Pedro Valente apresentou muito bem as necessidades e as responsabilidades de um PO.

O primeiro ponto importante é que o time precisa estar no mesmo local, facilitando a comunicação. É preciso, também, dedicação total ao produto. Visando a qualidade, o processo deve evoluir iterativamente, da mesma forma que o produto. A cada sprint, tanto o produto quanto o processo evoluem iterativamente.

O produto utilizado como exemplo, foi o meme, que rendeu muitos desafios ao time, assim como dois prêmios, sendo um deles o SuperStar, a premiação máxima do Yahoo.

Outro ponto importante levantado foi das responsabilidades do PO. Como exemplo, foi utilizada a questão do design da aplicação. O design é de responsabilidade do designer e não do PO. O profissional da área estudou, se esforçou para que o melhor seja feito. Assim, o PO pode, no máximo, sugerir o que deve ser feito. Mas a execução é de responsabilidade do designer.

Decisões sobre o produto são complicadas. Nada melhor que dados para estas tomadas de decisão. Os dados mostram o quanto o desenvolvimento está próximo ao escopo e ajudam nas reuniões do PO com os executivos.

O PO deve ter em mente que ele deve ajudar na entrega. Também deve saber que faz parte do processo e deve entregar um produto melhor aos usuários. O objetivo é evoluir para entregar este produto da melhor forma possível. É preciso ter vontade de mudar, de descobrir "coisas legais", para a evolução do que vai ser entregue.

Um PO com uma visão estratégica, entende a questão do escopo variável, fazendo e exigindo uma revisão de escopo constante, ajudando na entrega. Com essa visão, o PO ajuda na entrega de features que irão agregar maior valor.

Mostrando bem que o time não aceita "histórias mal contadas", Pedro Valente demonstrou que é necessário conhecimento técnico ao PO, pois é necessário ter noção do que está acontecendo. Assim, o PO pode ajudar mais na integração e na priorização do que realmente é importante.

Com conhecimento técnico e métricas, o PO tem um embasamento para as tomadas de decisão importantes. Dessa forma, o PO não se transforma em apenas um "garoto de recados" do executivo.



Maré de Agilidade - 5ᵃ Ed - Belo Horizonte

Manoel Pimentel: Coaching e Facilitação de Equipes Ágeis
Carlos Barbieri e Isabela Fonseca: MPS.BR com metodologias ágeis
Pedro Valente: PO na prática
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