quarta-feira, 23 de junho de 2010

Leandro Ângelo: Ágil: Previsibilidade & CMMi, como ficam?


Seguindo a linha de apresentar praticamente o uso das metodologias ágeis unidas a modelos de maturidade, o Leandro Ângelo demonstrou como a agilidade está sendo aplicada na Ci&T. Informando que a empresa foi a primeira a atingir o nível 5 de maturidade no Brasil, explicou como a agilidade e o CMMI estão sendo conciliados.

Falando da importância do comprometimento de um time, contou a história do restaurante do porco e da galinha.

Dentre todas as metodologias ágeis, a Ci&T optou pelo Scrum, pois os princípios desta metodologia chamou a atenção da empresa. Os princípios originados do Lean, foram importantes para esta decisão, pois o cliente está muito próximo da solução e do detalhamento do que será colocado em produção agora, depois da implementação.

A adequação da empresa ao modelo ágil, que se encontrava condicionada ao modelo tradicional, foi muito importante para o sucesso do Scrum. Em um primeiro momento existiram muitas dificuldades, como a sobrecarga de controle no time e hoje, após quatro anos, existe uma preocupação de não deixar o time sobrecarregado.


Depois comentou sobre as percepções do CMMi, que visualiza a agilidade como algo caótico, onde o desenvolvedor implementa sem documentação, acreditando que a agilidade seja imatura. Para o pessoal ágil existe a percepção de que o CMMi é sobrecarregado de documentação e engessado. Estes paradigmas precisam ser quebrados. Ambas as percepções estão equivocadas.

Agilidade não significa sem documentação, assim como CMMi não significa excesso de documentação.

Demonstrou um gráfico sobre projetos de tecnologia, mapeando as funcionalidades usadas freqüentemente pelos usuários, que não passa de 7%. O motivo principal deste baixo índice é a necessidade de mapear todos os requisitos em apenas um momento, o "momento inicial" do projeto. Como é preciso definir tudo neste momento, a área usuária pede até o que não precisa, por precaução, pois pode precisar no futuro. No modelo ágil, o escopo é discutido a cada planejamento.

Segundo o Leandro, o CMMI permite que fique mais fácil a definição do esforço baseado em experiência. Essa facilidade se dá devido a definição clara da maturidade de processos da empresa certificada.

Definiu que o CMMI pode ser um complemento dos processos ágeis, servindo para cobrir certos gaps. Um destes gaps, segundo Leandro, é a questão da documentação, necessária para alguns clientes, como casos de uso e diagramas de seqüência. Os processos ágeis foram criados para entregar mais valor ao cliente em menor tempo possível - código / produto. A documentação gerada deve agregar algum valor ao sprint, como qualidade do código.

Com isso, diferenciando a documentação "para o time" e de "registro", informou que na Ci&T, no final de cada sprint, é criada uma documentação que não tem por objetivo direcionar o desenvolvimento e sim ser direcionada ao negócio, para comunicação.

Finalizou dizendo que a Ci&T trabalha aplicando o seu background CMMI e de profissionais PMP para garantir que o modelo ágil funcione em empresas de grande porte que ainda não estão preparadas.

Maré de Agilidade - 5ᵃ Ed - Belo Horizonte

Manoel Pimentel: Coaching e Facilitação de Equipes Ágeis
Carlos Barbieri e Isabela Fonseca: MPS.BR com metodologias ágeis
Pedro Valente: PO na prática
Leandro Ângelo: Ágil: Previsibilidade & CMMi, como ficam?
Guilherme Silveira: Deploy contínuo - pois integração contínua não basta
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