quarta-feira, 16 de maio de 2012

5 Whys - Comunicação e Confiança

Vou começar a colocar aqui no blog algumas experiencias de exemplos práticos de como utilizar os "5 whys" do pensamento Lean para investigar a(s) verdadeira(s) causa(s) raiz dos problemas que possam aparecer no dia a dia.

Vamos começar com uma suposta falha de comunicação entre desenvolvedor e gerencia/liderança.

Cenário: Uma informação, necessária para uma reunião de status report, chegou até a gerencia via cliente enquanto ainda estava havendo a validação se o problema realmente era um problema. Isso aconteceu porque a reunião de status report aconteceria muito em breve.
  1. Por que essa informação não foi passada pelo time? Porque ainda estava em validação.
  2. Por que então foi antecipada? Porque era necessária para uma reunião inadiável de status report que aconteceria em breve e o cliente estava sendo cobrado por sua liderança/gerencia.
  3. Por que uma reunião de status report, ainda mais inadiável? Porque falta confiança.
  4. Por que falta confiança? Porque já aconteceram muitas releases com problemas.
  5. Por que já aconteceram muitas releases com problemas? Pela ausencia de um processo mais eficiente de testes, UAT e deploy.
E assim chegamos no que realmente precisa ser repensado: processo de testes, UAT e deploy. Para que a confiança aumente e os status report com o tempo deixem de ser necessários, para que esse problema de comunicação específico não volte a ocorrer.

Os exemplos práticos que colocarei aqui são resultados da minha mente psicopata, portanto, não fazem parte do meu dia a dia. O recado é: não pare no primeiro "por que" ele pode te levar a um diagnóstico simplista demais. Medidas para remediar o primeiro "por que" podem não surtir o efeito desejado e, mesmo aplicando a inspeção, podemos estar agindo na causa errada. Errada pois por trás dela existem causas muito maiores que não estão sendo endereçadas. Daí pode estar vindo a sensação de "enxugar gelo" e de que, na verdade, as pessoas não estão se esforçando para realizar as "determinações de melhoria". Um conselho para você que acredita nisso: "Isso não é verdade! Você está tratando as causas erradas."

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