O curso abordou de forma direta e eficiente a questão tradicional X ágil. No primeiro dia foi apresentado o modelo tradicional (waterfall) e o grande erro que derivou das idéias iniciais, onde o autor tentou explicar que o sistema deveria ser iterativo e incremental, mas a pseudo "urgência" da industria não permitiu uma análise mais detalhada das idéias. Winston Royce queria ordernar o caos do desenvolvimento na época, mas não foi compreendido. Quaisquer semelhanças com as péssimas implementações do RUP e das metodologias ágeis não é mera coinicidência.
Finalmente conheci de forma mais profunda e envolvente o Lean Lego Game, prática de ensino extremamente experimental que deixa claro as consequencias positivas de uma análise do seu fluxo para que seja possível procurar melhorias contínuas.
Na verdade a experiencia do Aniche, aliada a demonstrações práticas ajudaram bastante a convencer pessoas, do meu convívio profisional, que acreditavam muito pouco nas metodologias ágeis. Na verdade, acredito que este foi um dos pontos altos do curso.
O Aniche não foge das perguntas e, quando estas saiam do seu conhecimento (principalmente prático), como questões contratuais, ele procurava mais informações e levava na aula seguinte. Sempre.
Há cerca de um ano estudo de forma mais dedicada as metodologias ágeis, como quem acompanha este espaço bem sabe. E, há cerca de 9 meses, venho tentando convencer as pessoas com que trabalho que seria válido dar uma chanceaos métodos ágeis, com o intuito de melhorar sempre. Na maioria dos casos foi praticamente em vão.
Foi interessante notar que estas mesmas pessoas, frente ao conhecimento e a irrefutável experiência do Aniche, não encontraram mais argumentos e cederam. O pensamento atual é: do jeito que está não está bom, então vamos tentar algo novo. Não posso expressar em palavras a minha alegria. Muitos dos conceitos que o Aniche passou eu já tinha conversado com a equipe mas, devido a minha falta de experiência hands-on com metodologias ágeis, eu não conseguia me expressar de forma tão sistemática e, assim, convincente. A cada dúvida o Aniche tinha o exemplo prático na sua própria carreira e isso, obviamente, dá muita credibilidade.
Não vou falar apenas do que os outros aprenderam, mas também de dois pontos que foram muito positivos para mim. O Aniche conseguiu consolidar tudo que eu havia aprendido de forma auto-didata e em eventos. Além disso, consegui aprender, de forma definitiva, a relatividade do conceito de pronto. Este último, apesar de tudo que leio, estava muito difícil de entender. E o motivo é simples: eu tinha um conceito quase absoluto (ditatorial) do que era "pronto".
Enfim, o curso é ótimo, o instrutor tem uma didática e um time sensacional, mas nem tudo são flores.
Para mim, o curso deveria ser de duas semanas, já que praticar Scrum com sprints de 20 minutos e "dias" de 4 minutos é muito complicado. Acho que seria muito boa uma segunda semana prática, com o desenvolvimento de alguma aplicação bem simples e com sprints um pouco mais próximo da realidade.
A segunda semana ajudaria a consolidar os conceitos, principalmente de quem é resistente a novas idéias. Mas, definitivamente, não impacta o valor do curso de forma considerável. Fiz o PM-83 e planejo em breve o PM-87. Assim, completarei a formação ágil em uma das empresas que, na minha opinião, melhor aplicaram os princípios do Lean / Agile. Segue abaixo um vídeo de como é a agilidade na Caelum, com o Guilherme Silveira, líder técnico da empresa.
Podcast #10 - Agile na Caelum com Guilherme Silveira from Bluesoft on Vimeo.
Eu fui da primeira turma de PM-87 em SP e posso empolgá-lo de que o curso em si é muito bom também (aliás, como todos os outros da Caelum que já fiz).
ResponderExcluirTambém fiquei nesse, digamos, sentimento que podia ser um pouco maior e com mais parte prática, mas digo que vale muito a pena.
Abraços
Oi Celso,
ResponderExcluirObrigado! :)
Espero nos vermos num futuro PM-87!
Abraços,
Mauricio