quarta-feira, 15 de abril de 2009

Por que pensar em qualidade?

Hoje realizo um antigo projeto. A criação de um blog de tecnologia. Meu primeiro post vai com uma pequena história.

Em dezembro de 1985, quando tinha 8 anos de idade, meu pai me presenteou com um TK2000 II Color. Este computador vinha com dois livros: um fino, com informações técnicas da máquina e outro, mais grosso, com uma excelente explicação sobre a linguagem Basic. Em meados de janeiro de 1986, passadas as primeiras impressões sobre o “ET” que eu tinha ganhado, arrisquei as primeiras linhas de código, por influência de meu pai, que nunca foi desenvolvedor por profissão, “apenas” curioso.

Não demorou muito para a minha irritação aparecer com os inúmeros “goto's” espalhados pelo código. Era quase impossível debugar o monstro monolítico. A vida era um inferno, mas tomei gosto pela coisa. Assim, comecei a me preocupar, intuitivamente, com a qualidade do que estava fazendo, tentando diminuir ao máximo a quantidade dos malditos goto's.

Estudei o dBase III Plus com seu mod com, quando conheci o Clipper Summer'87 (que criava um “exe” para fazer o que o dBase III fazia), como sempre, através do meu pai.

Em 1993 e 1994 trabalhava dando aulas de Windows 3.1 e DOS para iniciantes.

De 1995 a 1999, trabalhando com manutenção de computadores, me afastei do desenvolvimento.

Em 1999, fiz um curso de Delphi 4 com Oracle. Trabalhava com manutenção, mas sempre tentava “forçar” um sistema.

Em 2000 fiz o MCSE+I e trabalhei com redes e manutenção até 2004.

Em 2004, fui mais uma vez contratado para atuar em manutenção. Meu superior ficou sabendo que eu estava desenvolvendo uma ferramenta para controle de OS. Era o momento que a empresa estava querendo contratar um programador Delphi OO.... acontece que eu não sabia nada de OO. Programava toda lógica em procedures e functions e muita coisa nos eventos. Era arrumado, mas era feio. Engoli o livro Delphi 6 OO e consegui a vaga.

Em maio de 2005 fui alocado em um cliente que trabalha com GPS e entrei no Mundo Java de cabeça. A partir desta data, comecei a engatinhar nos conhecimentos que melhoram a qualidade do código.

Em maio de 2006 fui contratado por esse cliente por indicação do meu empregador.

Em novembro de 2007 sai da empresa e fui contratado por uma consultoria que desenvolvia em Delphi. Tentei “forçar” um desenvolvimento OO, inclusive com o conceito de DAO e outros padrões que aprendi com o Java e fui demitido em abril de 2008.

Desde junho de 2008 atuo na mesma consultoria.

Sempre me preocupei com a qualidade. Mas foi só em 2005, quando comecei a estudar o Java, que comecei a adquirir os conhecimentos que ajudam a produzir um código com qualidade.

Como sempre fiz, ataquei de livro e artigo para todos os lados, tentando identificar o fio da meada. Foi quando conheci o GUJ, em 2006. As pessoas do fórum me pegaram pela mão e mostraram o caminho.

Proponho aqui um espaço para colocar as minhas experiências e conversar um pouco sobre esse assunto tão importante para desenvolvedores, consultorias e clientes – Qualidade de Software.

2 comentários:

  1. Celso, desde comecei a trabalhar com clipper e dava manutenção em alguns códigos, já me preocupava com indentações e organização de código. Tentava engajar em java quando estava já trabalhando com Delphi, mas não emplacava. Na faculdade é que realmente tive tempo e um professor para dar os primeiros passos à famosa OO que tanto falavam. Atualmente estudo java para web e realmente nossos conhecimentos ganham uma dimensão sensacional com esta tecnologia. Parabéns, vou ler com calma os outros posts, com este post já ganhou mais um leitor

    ResponderExcluir